Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A EDUCAÇÃO POPULAR NA POTENCIALIZAÇÃO DE PRÁTICAS DO CONTROLE SOCIAL
Maria Goreth Vasconcelos

Resumo


As práticas educativas de educação popular legitimam e efetivam o trabalho do controle social nos conselhos de saúde inserindo de maneira prática e participativa a política do SUS no compromisso com a universalidade, a equidade e a integralidade onde perpassam ações voltadas para a participação da comunidade; promoção da cidadania e protagonismo popular envolvendo comunidade e serviços de saúde resultando no empoderamento coletivo de usuários, gestores e profissionais com a inserção destes respectivos saberes no Sistema Único de Saúde. Objetivo Potencializar e revitalizar os conselhos locais; ampliar a participação da comunidade propondo ações estratégicas com práticas de educação popular como cirandas, grandes rodas com os atores que compõem e protagonizam nos territórios os princípios representativos de direito do SUS tais como: conselheiros, representantes regionais, entidades, lideranças comunitárias e profissionais do Sistema Único de Saúde. Metodologia O desenvolvimento se deu contemplando metodologias da educação popular, um processo de envolvimento de forma educativa partindo de situações concretas vividas em comunidade e motivadoras para o trabalho participativo de conselheiros e conselheiras Com diálogos e cantigas e a abertura dos espaços de escuta novos saberes vão ampliando a convivência com amorosidade de uma forma respeitosa colocando-os a disposição do outro usuário, profissional da saúde ou gestor. Resultados: O processo inovador, criativo e alegre da educação popular agregando práticas da vida cotidiana, trazendo sentido e sentimentos, potencializou e estreitou diálogos onde se foi capaz problematizar e promover reflexões das ações em saúde relativas de forma lúdica e construindo sujeitos desse processo. No decorrer das práticas ocorreram mudanças no que diz respeito ao conceito de ser conselheiro, ampliando a participação do segmento da juventude. Agindo de forma integrada e aderindo a luta legitimando o processo onde as pessoas são capacitadas para após intervirem vinte Unidades de Atendimento Primário à Saúde (UAPS) tiveram seus conselhos revitalizados. Numa compreensão mútua gera-se a solidariedade que constrói relações entre os sujeitos conselheiros reafirmando a autonomia e o cuidado com a saúde. Considerações Finais: As práticas utilizadas superam as convencionais em muitas dimensões: metodológicas, éticas, democráticas, emancipadoras, humanizadoras e acolhedoras enfrentando assim as iniquidades em saúde. Nos espaços onde foram construídas as relações de compromisso e pertença para com o SUS, a educação popular em saúde contribuiu para a formação participativa do controle social nos conselhos locais de saúde.