Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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MOVIMENTO PRÓ-PARQUE LAGOA DA ITAPERAOBA E O PROCESSO DE CIRANDAS NA LAGOA
Ademar da Silva Rodrigues, Elias José da Silva, Vera Lúcia de Azevedo Dantas, Milton Ferreira, Edmar Eudes de Sousa, José Iran da Silva, Antonio Edilson da Silva Oliveira, Antonio Honorato Filho

Resumo


Introdução: A articulação entre as Cirandas da Vida, o Movimento Pró-Parque Lagoa de Itaperaoba e a Escola Giuliana Galli no território da Secretaria Regional IV, no Bairro Serrinha, em Fortaleza, tem se pautado na luta historicamente desenvolvida pelo Movimento Pro-Parque em defesa da Lagoa, cujo nome é a essência do referido movimento. O Instituto Giuliana Galli situado próximo à lagoa, tem vínculos construídos pelo compromisso com a educação, a comunidade e o desenvolvimento humano da população daquela localidade. Neste contexto este trabalho tem como Objetivo relatar uma experiência denominada Cirandas na Lagoa cuja perspectiva foi a de reconstituir a história de luta da comunidade pela sobrevivência da lagoa e consequentemente em defesa do meio ambiente. Como percurso metodológico escolhemos o relato de experiência pelo fato dos autores estarem implicados com a ação desenvolvida. Relato: Tudo começa com a ideia de um encontro-vivência, na perspectiva de partilha envolvendo as temáticas de saúde e ambiente com a participação de crianças, jovens e adultos da Escola Giuliana Galli e do Movimento Pro-Parque, estudantes e professores do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará e militantes do MST e outros movimentos do campo do Norte e Nordeste do Brasil, alunos do curso técnico de Meio Ambiente, em movimento de incursão pelo território da SER IV, de Fortaleza. Os atores comunitários narraram os movimentos empreendidos pela comunidade ao longo dos anos tendo como base o percurso metodológico do círculo de cultura e no contexto dos círculos, estudantes e professores contribuíram com a problematização que levantou situações-limite e potencialidades e culminou com a elaboração de estratégias de mobilização e enfrentamento de defesa do manancial. Entre as estratégias já realizadas e as propostas podemos evidenciar: encontros, seminários, audiências junto à Câmara Municipal e Ministério Público; continuidade do processo de reconstituição da história de luta e resistência do Movimento Pró-Parque; reivindicação por serviços urbanos na lagoa, entre outros. Como resultados desse processo de luta foram evidenciados a publicação no diário Oficial do Município, de Decreto Municipal tornando a área da lagoa e seu entorno Parque Ecológico e a retomada dos diálogos entre UECE e comunidade. Ao mesmo tempo os estudantes dos vários processos referendaram o encontro como possibilidade e oportunidade para o encontro de olhares, experiências e saberes possibilitando o diálogo e a construção compartilhada do conhecimento, no contexto de uma prática educativa que promove a tomada de consciência e disposição para enfrentamento de situações cotidianas, qual seja, a situação ambiental da Lagoa de Itaperaoba.