Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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O COLETIVO DE RESIDENTES ENQUANTO POTÊNCIA INTEGRATIVA DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Laura dos Santos Boeira, Giovanni Kuhn, Adriano Donin Neto, Taciana Schornberger, Daniel Rodrigues Fernandes, Fabricio Braga, Lidiane Tavares, Carine Fontoura Fernandes, Guilherme Torres, Glaucia Bohusch

Resumo


Caracterização do problema: Diante das fragilidades observadas na formação acadêmica tradicional em saúde, a Residência Multiprofissional e em Área Profissional surge para possibilitar um espaço de formação multiprofissional em serviço visando à assistência, ao ensino, à pesquisa e ao controle social, de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. O Coletivo Gaúcho de Residentes em Saúde forma-se nesse contexto de investimento na formação de profissionais para o SUS, possibilitando o encontro dos residentes dos diversos programas do Rio Grande do Sul, operacionalizando reuniões virtuais e presenciais, e ramificando através do Coletivo POA as ações dos residentes da capital. Em Porto Alegre (RS), existiam, em 2013, sete programas de Residência Multiprofissional, com residentes de diferentes ênfases, em sua maioria absorvidos e articulados com as demandas específicas das 60 horas de assistência, ensino e pesquisa. Há notável dificuldade desses programas em reconhecer e incorporar, na carga horária do residente, atividades de controle social, sobretudo no que tange à militância pelo SUS em espaços não-institucionalizados. Descrição da experiência: O movimento de residentes multiprofissionais é um esforço cíclico de atualizar as bandeiras de luta e transmitir a história de ações e conquistas vividas na experiência da residência com duração de dois anos. No ano de 2013, o Coletivo Gaúcho de Residentes – núcleo POA retomou suas reuniões, acolhendo novos residentes, construindo posturas e discursos coletivos capazes de problematizar a situação dos residentes e do SUS no Brasil. Efeitos alcançados e recomendações: A partir de reuniões quinzenais, somadas às articulações virtuais com o Coletivo Gaúcho e o Fórum Nacional de Residentes em Saúde, o Coletivo POA estipulou pautas para tensionar junto aos programas e articular com a movimentação social, tais como: fortalecimento do vínculo de trabalho; estímulo à formação política; implementação de políticas de atenção à saúde do residente; saída dos campos de prática com parcerias público-privadas (privatização do SUS); garantia e valorização da participação em espaços de controle social (integração com outros movimentos sociais) na carga horária do residente; e reconhecimento da titulação do residente. Reafirma-se, a partir desta experiência, a potência dos coletivos de residentes na garantia da participação social crítica e ativa, capaz de integrar diferentes programas no âmbito da luta pelo SUS.

Palavras-chave


Residência Multiprofissional; Participação Social;