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IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE NA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE
Resumo
O desenvolvimento da competência profissional é dificultado pelo volume de informação disponível, pela velocidade com que o conhecimento se torna obsoleto e pelo desafio de transformar conhecimento adquirido em mudança das práticas. A diversidade de problemas e, a necessidade de aquisição de múltiplas habilidades clínicas, incluindo aquelas relacionadas ao trabalho em equipe e ao planejamento estratégico tornam complexo o desenvolvimento de programas educacionais para a atenção primária. A educação continuada, baseada em treinamentos descontextualizados é inapropriada, sendo a educação permanente alternativa mais adequada. Relata-se experiência da Secretaria Municipal de Saúde na implantação do Plano de Educação Permanente (PLANEP) em 2012/2013, baseado em ferramentas educacionais articuladas contemplando as prioridades da gestão e necessidades de capacitação dos profissionais. Objetivos: qualificar a atenção, integrar os processos educativos e fortalecer a gestão da educação permanente loco regional. Para elaboração do PLANEP/2012 definiu-se os problemas assistenciais e seus nós críticos, com participação das gerências e áreas técnicas. Considerou-se os indicadores epidemiológicos, a percepção das gerencias e coordenações técnicas. Identificou-se: Saúde da Mulher, Saúde Mental, Urgência-Emergência, Condições Crônicas, Gestão da Informação, Assistência em Enfermagem, Atenção a Saúde da Criança/Adolescente e cinco nós críticos: não utilização dos conceitos da Atenção Centrada na Pessoa, operacionalização incipiente da gestão do cuidado, desconhecimento do Sistema de Informação e seu uso, dificuldades com atividades em grupos, lacunas na competência técnica. Os nós críticos nortearam a escolha de ações educativas para suprir as diferentes lacunas: Oficinas de Qualificação da APS, Programa de Educação Permanente, Gestão Clínica e Educação Continuada. Para o PLANEP 2013/14 mudou-se a lógica utilizada, optando-se por processo ascendente de planejamento. Discutiu-se com trabalhadores e gerencias locais e distritais e elaborou-se planilhas com temas demandados por ciclo de vida e categoria profissional.A partir deste levantamento e da situação de saúde do território apontou-se prioridades de educação permanente.Apontou-se também os temas/problemas de abrangência municipal: atenção a saúde da mulher e da criança , saúde sexual e reprodutiva, Álcool e outras drogas, Doenças Crônicas. A programação resultante é instrumento norteador para execução das ações educativas. Iniciou-se processo de avaliação da execução do plano, importante para a continuidade da educação permanente dos trabalhadores do SUS-BH.
Palavras-chave
Educação em saúde; educação permanente