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A Estratégia de Saúde da Família (ESF), principal modelo de reorientação de assistência à saúde, visa a organização da Atenção Básica no país de acordo com os preceitos do sistema único de saúde (SUS). A inclusão da Equipe de Saúde Bucal (ESB) na ESF contribuiu para romper com modelos assistenciais em saúde bucal baseados somente no curativismo e reorganizar o cuidado de forma a trabalhar com a promoção de saúde, prevenção, na recuperação e manutenção da saúde bucal buscando assim a melhoria do perfil odontológico da população adscrita. Na organização das ações e serviços de saúde, um bom diagnostico inicial, com foco nos determinantes sociais do processo saúde doença, embasa o planejamento das ações. Organizar a demanda é aspecto fundamental para tornar o serviço mais resolutivo e equânime.  Este trabalho objetiva descrever a organização da demanda de saúde bucal de uma clinica da família no município do rio de janeiro, levando em consideração a realidade local e a utilização de critérios de classificação de risco dos usuários no estabelecimento e prioridades de atendimento. A metodologia utilizada baseia-se na classificação dos usuários de acordo com três critérios de risco: social, biológico e odontológico. O risco social foi classificado utilizando a Escala de Coelho e Savassi (com dados extraídos da Ficha A, ficha de cadastramento e acompanhamento das famílias através do Sistema de Informação de Atenção Básica- SIAB) e os demais riscos classificados de acordo com critérios preexistentes (variáveis/classificação odontológica preexistente). Como resultado, espera-se reorganizar o fluxo do atendimento odontológico, priorizando os usuários de maior vulnerabilidade, implicando em posterior inclusão social de todo o grupo familiar e otimizar o serviço de forma a atender à população adscrita contribuindo para sua qualidade de vida.