Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DADOS CLÍNICOS E AUTOPERCEPÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM IDOSOS DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA
Mirla Lima Ribeiro, Uberlândia Islândia Barbosa Dantas, Barbara Maria Pereira Wanderley, Kalinka Zuleika da Silva Dias, Déborah Brindeiro de Araújo Brito, Sergio Ribeiro dos Santos

Resumo


Introdução: O aumento da expectativa de vida da população Brasileira é considerado pela Organização Mundial da Saúde como uma grande conquista, reflexo do melhoramento das condições de vida no país. Segundo estimativas, a proporção de idosos no Brasil, do ano de 2000 a 2020, passará de 5% para 10%. Apesar do avanço dos cuidados à saúde promovendo melhoramento na qualidade de vida da população adulta, consequentemente aumentando a longevidade, restaram as sequelas bucais da fase em quê o tratamento de escolha eram as exodontias, mutilando e elevando o índice de edentulismo nos indivíduos da faixa etária de 65 a 74 anos, havendo desta forma, a necessidade de investimentos na reabilitação oral através de próteses dentárias. Porém ainda remanesce o conceito entre a maioria da população idosa de quê o cuidado com a Saúde Bucal não é prioridade e normalmente associam este cuidado com as extrações dentárias. Objetivo: Comparar os dados clínicos coletados relativos ao uso de Próteses Dentárias (PD) e necessidades de PD com os dados subjetivos da Pesquisa, a autopercepção da saúde bucal do grupo etário de 65 a 74 anos no município de João Pessoa/PB. Método: Análise do Banco de Dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, SB BRASIL 2010, referente a João Pessoa/PB, com foco nos dados clínicos obtidos na faixa etária de 65 a 74 anos (211 pessoas examinadas), quanto ao uso e necessidade de próteses dentárias e segundo a autopercepção dos indivíduos daquele grupo em relação a: dificuldade em falar, vergonha em sorrir, atrapalhar o sono e satisfação com a sua saúde bucal. Resultados: Segundo dados da Pesquisa SB BRASIL 2010, de 211 pessoas no grupo etário de 65 a 74 anos, 73,46% usam algum tipo de prótese dentária superior e 68,75% usam prótese inferior, porém ainda foi encontrada a necessidade de uso de 50,43% de prótese superior e 68,72% de necessidade de prótese inferior. Apesar disto, 87,20% acreditam que não sofrem dificuldade em falar, 83,41% não sentem vergonha de sorrir, 88,62% acham que não atrapalha o sono e 45,97% acham-se satisfeitos com a sua saúde bucal. Conclusão: Estes dados demonstram que entre o grupo etário de 65 a 74 anos há uma baixa percepção entre fatores subjetivos, como fala, sorriso e sono com os achados clínicos de uso e necessidade de algum tipo de prótese dentária, seja superior ou inferior. Faz-se necessário que a gestão amplie as suas ações de Promoção à Saúde na Atenção Básica ampliando o cuidado em saúde bucal para além das fronteiras da boca.

Palavras-chave


Saúde bucal, Saúde do Idoso, Pesquisa sobre serviços de saúde

Referências


OLIVEIRA, F.B.S.; A Atenção à Saúde Bucal dos idosos do Programa Saúde da Família Tiradentes. Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Saúde da Família, UFMG – Montes Claros/MG, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. SB Brasil 2010. Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – Resultados Principais. Brasília–DF, 2011. http://189.28.128.100/dab/docs/geral/projeto_sb2010_relatorio_final.pdf

BULGARELLI, A.F., MESTRINER, S.F., PINTO, I.C., Percepções de um grupo de idosos frente ao fato de não consultarem regularmente o cirurgião-dentista. Revista de Geriatria e Gerontologia, 15 (1): 97-107, Rio de Janeiro, 2012;