Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
CORRELAÇÃO ENTRE OS EXAMES DE DENSIDADE ÓSSEA MINERAL DE VÉRTEBRAS, RADIO E FEMUR E OS ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DA CORTICAL BASAL MANDIBULAR EM MULHERES BRASILEIRAS LEUCODERMAS PÓS-MENOPAUSA
Esio Fortaleza Nascimento Chaves Pedrosa, Bruno Leite Cabral, Idália Luzia Fortaleza Chaves Martins, Nádia Fortaleza Nascimento Chaves Pedrosa, Thiago Antônio Paiva Matos, David Cassio Ribeiro Vasconcelos

Resumo


Introdução: A osteoporose é caracterizada pela diminuição da massa óssea e alteração da microarquitetura do trabeculado ósseo, acarretando em fragilidade dos ossos acometidos. As fraturas causadas por osteoporose estão associadas a altos índices de mortalidade, e a elevados gastos com saúde pública. A osteoporose tem maior incidência em mulheres e ocorre principalmente após a menopausa. Nas últimas décadas, pesquisas realizadas têm reportado achados radiográficos na cavidade bucal, associando-os à osteoporose. Foram encontradas evidências de perda óssea bucal associada com osteoporose, especialmente relacionada à porção cortical mandibular. Objetivo: Avaliar a possível existência de correlação entre os diferentes parâmetros de análise dos aspectos radiográficos em radiografias panorâmicas digitais da cortical basal mandibular com as medidas de densidade óssea das vértebras, fêmur e rádio, realizada pelo exame DEXA (absormetria radiológica de dupla energia). Método: Foram selecionadas 92 radiografias panorâmicas digitais de mulheres brasileiras caucasianas, na pós-menopausa e que apresentavam concomitantemente laudos de densitometria óssea (DEXA). A amostra era isenta de quaisquer doenças sistêmicas que pudessem influenciar a qualidade e quantidade óssea mineral. Para avaliar a morfologia óssea da cortical basal da mandíbula, esta foi classificada em três grupos: C-1 normal, C-2 com moderada erosão, C-3 com severa erosão. Para análise quantitativa deste, foram realizadas medidas da espessura da cortical bilateralmente, na região do forame mentual e do ângulo mandibular. Resultados: Foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre a classificação morfológica da cortical basal da mandíbula e o exame de densitometria do rádio (p<0,0001), com sensibilidade de 94,8% e especificidade de 17,6%. 0 mesmo ocorreu no exame de densitometria das vértebras (p=0,0044), com sensibilidade de 94,5% e especificidade de 16,2%, e do fêmur (p=0,0034), com sensibilidade de 94,4% e especificidade de 13%. Foram observadas também diferença estatisticamente significante entre a média da espessura da cortical basal da mandíbula em relação ao exame DEXA nas três regiões analisadas. Conclusão: A análise da cortical basal da mandíbula pode ser utilizada como avaliação inicial da qualidade óssea de um sitio específico de interesse e pode sugerir alterações ósseas generalizadas, permitindo ao Cirurgião Dentista encaminhar o paciente para o exame de densitometria óssea.

Palavras-chave


Densitometria Óssea, Mandíbula, Osteoporose

Referências


1. Concensus Development Conference: Prophylaxis and treatment of osteoporosis. Osteoporos mt. 1991; 1:114-126.2. Trombetti A, Hermann F, Hoffmeyer P, Schurch MA, Survival and Potencial years of life lost after hip fracture in men and age-matched women. Osteoporos Int. 2002; 13:731-7373. Gabriel SE, Tosteson AN, Leibson CL et al, Direct medical costs attributable to osteoporotic fractures. Osteoporos mt. 2002; 13:323-3304. Department of Health. Primary care guide to prevention and treatment of osteoporosis. London:Departament of Health, 1998.5. Melton U, Chao EYS, Lane J. Biomechanical aspects of fractures. In: Riggs, B. L.; Melton, L. J, (Eds.). Osteoporosis: etiology, diagnosis, and management. New York: Raven Press, 1998, pp.111 131.6. HaIler J, Andrre MP, Resnick D. Detection of thoracolumbar vertebral body destruction with lateral spine radiography. Part I: Investigation in cadavers. Invest Radiol.1990; 125: 517-522.7. Hidebolt. C.F. Osteoporosis and oral bone loss. Dentomaxilofac Radiol, Erlangen.1997; 26(1):3-15.8. Klenietti E, Kolrnakov S, Kroger H. Pantomography in assessment of the osteoporosis risk group Scand J Dent.1994; 102(1): 68-72.9. Klemetti E, Kolmakov S. Morpholoy of the mandibular cortex on panoramic radiographs as an indicator of bone quality. Dent Maxillofac Radiol.1997; 26(1): 22-25.10. Wical KE, Swoope CC. Studies of residual ridge resorption. Part I. Use of panoramic radiographs for evaluation and classification of mandibular resorption. J Prosthet Dent. 1974:32: 7-12.11. Homer K, Devlin H, Harvey L. Detecting patients with low skeletal bone mass. J Dent, Bristol.2002; 30: 171-175.