Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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O ENCONTRO COM A CLÍNICA DA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL AOS USUÁRIOS DE DROGAS A PARTIR DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO (PET): TECENDO POSSIBILIDADES DE FORMAÇÃO DIFERENCIADAS
Ândrea Cardoso de Souza, Francisco Leonel Fernandes, Abrahão Santos, Ana Lúcia Abrahão, Dalvani Marques

Resumo


Introdução: Durante nossa atuação no trabalho desenvolvido pelo PET, nos encontramos com a realidade da clínica dos usuários de álcool e outras drogas e com o desafio de lidar com a impossibilidade de cumprir os ideais do modelo tradicional de reinserção social existentes como, por exemplo, adaptar o indivíduo ao meio familiar e a vida social do trabalho que lhes são exigidos pela cultura. O cenário transborda o quadro da patologia, lidamos com situações atravessadas por questões socias importantes e é neste campo que atuamos, marcado por uma clínica diretamente vinculada aos conflitos, trabalhamos na tensão entre esse impossível de atingir esse ideal e a nossa aposta de inventar para cada um as reais possibilidades de trânsito desses sujeitos na vida social. Objetivos: Trabalhar com os alunos do PET as necessidades da população usuária drogas e inventarmos condições para acesso aos serviços de saúde. Método: Construir no cotidiano do trabalho todos os dias muitas maneiras de abordagem desse problema na cidade. A partir da clínica com esses usuários, o acesso ao tratar precisa se dar a partir de diferentes recursos. A Redução de Danos é a direção que atravessa todas as frentes de trabalho do PET–UFF. São essas estratégias que possibilitam o aumentando da superfície de contato e que produz condições para a realização de um tratamento para além dos modelos ambulatoriais tradicionais de assistência e que identificamos com baixa adesão daquelas situações mais graves. Resultados: O debate sobre a Redução de Danos norteia as ações no que tange a produção do acesso. A adesão ao tratamento precisa ser avaliada não apenas na formulação de uma demanda clara de tratamento por parte do usuário sobre os danos que a droga lhe causa, além de uma suposta adaptação a vida social ideal, a adesão ao tratamento também concerne as possibilitadades inventadas no dia-a-dia para incluirmos esses sujeitos no cuidado, assim como a sustentação dessas ações no nível da macropolítica da gestão dos cuidados em saúde mental. Conclusão: Por meio do PET - saúde, tem sido possível trabalhar outras possibilidades dos alunos dos diferentes cursos de graduação se encontrarem com a clínica da atenção psicossocial aos usuários de drogas e a implementação de novas formas de cuidar.

Palavras-chave


PET, saúde mental, drogas, formação.