Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERFIL DE CONSUMO ALIMENTAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE
Ursula Viana Bagni, Cristiane Jordânia Pinto, Letícia Sabino Santos, Annamary Nascimento Oliveira, Joyve Samara Marques de Oliveira Araújo

Resumo


O processo de alimentação requer uma sequência sistemática, desde a escolha do alimento até a sua introdução na cavidade bucal, mastigação e deglutição. Pessoas com deficiência frequentemente apresentam problemas nessa sequência, podendo haver comprometimento do padrão de alimentação e consequentemente, prejuízo no estado nutricional. Assim, conhecer a alimentação desse grupo é essencial para a adequada assistência, de forma que os profissionais de saúde que os acompanham tenham subsídios para desenvolver as orientações nutricionais mais adequadas a cada caso. Objetivo: Descrever o perfil alimentar das crianças e adolescentes com diferentes tipos de deficiência (física, mental, auditiva, motora) acompanhados no Centro de Reabilitação Infantil do município de Santa Cruz/RN. Metodologia: Foram entrevistados os responsáveis de 82 crianças e adolescentes com deficiência. Questionou-se acerca das refeições realizadas, frequência de realização, consistência e local onde eram efetuadas. Resultados: A maioria dos avaliados consumia 6 refeições/dia (48%) ou  5 refeições/dia (44%), embora houvessem participantes que realizassem refeições com frequência menor (4 refeições/dia = 4,9%) ou maior (7 ou 8 refeições/dia = 3,7%) . A refeição mais presente no dia a dia dos avaliados foi o jantar (97,6%), seguido do almoço (95,1%), desjejum (90,2%), lanche da tarde e colação (68,3%) e ceia (53,7%). A maioria dos avaliados consumia alimentos com consistência normal nas seguintes refeições: desjejum (81,7%); colação (78,0%); almoço (90,2%); lanche da tarde (89,0%); jantar (84,2%). Na ceia, somente 48,8% dos avaliados consumiam alimentos em consistência normal, sendo preferidos aqueles brandos, pastosos, semi-líquidos ou líquidos. Um quarto dos participantes (25,3%) realizava todas as refeições em casa. O restante realizava a maioria das refeições em casa, sendo a colação e o lanche da tarde geralmente realizados na escola (28,9% e 33,7% dos avaliados, respectivamente). Conclusão: Percebe-se a importância da atuação mais veemente do nutricionista junto às famílias dessas crianças e adolescentes para orientar acerca do número de refeições diárias, quais refeições devem ser priorizadas ao longo do dia, bem como a consistência dos alimentos frente às deficiências apresentadas, visando garantir a boa nutrição desse grupo tão vulnerável a problemas nutricionais.

Palavras-chave


Crianç; Adolescente; Pessoa com deficiência; Consumo alimentar