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Introdução: “Compreendida como um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios” (BRASIL, 2011,p.7). É através desse movimento que passa a protagonizar a violência dos manicômios, a mercantilização da loucura, a hegemonia de uma rede privada de assistência e a crítica ao modelo hospitalocêntrico. Dentre os desafios existentes frente à Reforma Psiquiátrica, inclui-se a implementação da educação permanente para os profissionais que atuam na área. A Educação Permanente objetiva transformar as práticas profissionais por meio da problematização dos processos de trabalho (BRASIL, 2009). Objetivo: Descrever a importância da educação permanente junto aos profissionais de saúde mental. Método:Revisão de literatura na base de dados BVS de artigos disponíveis completos no idioma Português no período de 2008 a 2013, com os descritores: educação continuada; saúde mental. Encontrados 15 artigos dos quais 5 foram analisados devido adequação com o tema. Resultados: Para Novaes et al.(2012) a prestação de serviços na área de saúde mental é prejudicada devido a carência de trabalhadores com conhecimentos necessários para a identificação e tratamento dos transtornos psiquiátricos, devendo portanto os serviços de saúde e as instituições de ensino auxiliar nesse processo de transformação. Pereira, Costa e Megale (2012) mostram que o número de profissionais de saúde mental capacitados para atender a população brasileira ainda se mostra insuficiente, sendo necessário a organização de uma política de formação de recursos humanos para consolidação da Reforma Psiquiátrica no Brasil. A construção de um espaço onde a palavra seja dada aos profissionais para que eles possam discutir seus desejos e projetos, bem como abordar a possibilidade de transformar o trabalho faz-se necessário. Discussões baseadas em dificuldades e vivências reais tornam possível adquirir mais experiência e conhecimento para a construção e instrumentalização para o trabalho (MUNIZ e TAVARES,2012). Conclusão: Percebe-se a relevância da implementação da educação permanente como uma forma de promover a capacitação continua dos profissionais que atuam na área de saúde mental, para que eles possam oferecer uma assistência qualificada baseada nos princípios do SUS, como a universalidade, equidade e integralidade.

educação permanente; saúde mental; trabalho