Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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OFICINAS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: CONSTRUINDO E COMPARTILHANDO SABERES
Ludimila Cuzatis Goncalves, Elaine Antunes Cortez, Ana Carla Dantas Cavalcanti, Fabiana Silva Marins Nazareno Cosme, Geilsa Soraia Cavalcanti Valente, Louise Anne Reis da Paixão

Resumo


Introdução: O presente estudo foi desenvolvido durante a coleta de dados da dissertação de mestrado de uma das autoras em que foram realizadas oficinas de educação permanente em uma unidade com sete equipes de saúde da família. O cenário em que se deu a pesquisa é um Centro Municipal de Saúde classificado como unidade tipo A, onde todo o território é coberto por equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF). As oficinas foram propostas como primeira etapa para implantação da educação permanente em saúde (EPS) na referida unidade. Destaca-se que a EPS tem como enfoque incorporar o ensino e o aprendizado à vida cotidiana das organizações e às práticas sociais e laborais no contexto real em que elas ocorrem, modificando as estratégias educativas a partir da prática como fonte de conhecimento e de problemas, problematizando o próprio fazer (BRASIL, 2009). Objetivos: Iniciar uma experiência de educação permanente na unidade; Desenvolver tecnologia de síntese do aprendizado coletivo com o grupo; Discutir e aprimorar o conceito de educação permanente trazido pelo grupo. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem metodológica qualitativa. Resultados e discussão: Analisando-se os mapas conceituais antes e após as oficinas de EPS percebe-se que o mesmo foi mais retificado que ratificado. Após as oficinas os sujeitos expressaram maior compreensão sobre a proposta da EPS, seu caráter ascendente, multiprofissional, participativo, de análise, problematização e reflexão sobre o cotidiano e processo de trabalho. Observa-se, a partir da síntese do aprendizado coletivo expresso através dos dois mapas conceituais, que a realização das oficinas foi positiva ao contribuir para que os profissionais participantes ampliassem a compreensão sobre o conceito da EPS e vivenciassem uma experiência inicial de educação permanente no contexto da Estratégia de Saúde da Família. Conclusão: A experiência vivida foi significativa e possibilitou a equipe refletir e repensar o processo de trabalho da unidade e as práticas pedagógicas adotadas. Através das oficinas foi proporcionada uma experiência de educação permanente ao grupo, o conceito de educação permanente trazido pelos profissionais foi discutido e aprimorado, e ainda, outros saberes foram construídos e compartilhados.

Palavras-chave


Educação; Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília (DF): MS, 2009.

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Recursos humanos na atenção básica, estratégias de qualificação e pólos de educação permanente no Estado de São Paulo. – São Paulo: Centro de Estudos de Cultura Contemporânea: Consórcio Medicina USP, 2008. – (Cadernos de Atenção Básica: estudos avaliativos 4.

 

Bittencourt, Greicy Kelly Gouveia Dias et al. Aplicação de mapa conceitual para identificação de diagnósticos de enfermagem. Rev  Bras Enferm., v.64, n.5, p. 963-7, 2011.

 

RODRIGUES, Andréia Cristina Seabra; VIEIRA, Gisele de Lacerda Chaves; TORRES, Heloísa de Carvalho. A proposta da educação permanente em saúde na atualização da equipe de saúde em diabetes mellitus. Rev Esc Enferm USP, v. 44, n. 2, p. 531-7, 2010.