Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PRONTO SORRISO: A ALEGRIA NA CLÍNICA PEDIÁTRICA EM TRÊS MESES DE ACOMPANHAMENTO
Maria Luiza de Faria Paiva, Arlene de Sousa Barcelos Oliveira, Fatima Maria Lindoso da Silva Lima

Resumo


Tornar humana as relações em todas as instâncias do sistema de saúde é ferramenta essencial para que o cuidado seja integralizado (BRASIL, 2008). Nessa perspectiva, para um tratamento humanizado faz-se necessário mudar atitudes e comportamentos, bem como articular o conhecimento científico com aspectos afetivos. Para tanto, faz-se necessário investir em metodologias de ensino, que possibilitem a integração entre acadêmicos, pacientes, família e demais profissionais de saúde. Observa-se que em várias instituições de ensino, há movimentos de valorização do riso como processo terapêutico e como auxílio da manutenção da qualidade de vida. Na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, esta modalidade de ensino vem sendo praticada por meio da disciplina de núcleo livre Pronto Sorriso que iniciou inspirado no trabalho dos doutores da alegria de São Paulo e nas ideias do norte-americano Dr. Patch Adams (PATCH, 1998), iniciando-se como projeto de extensão e atualmente tornou-se disciplina de núcleo livre. Este estudo teve como objetivo descrever os efeitos da atuação dos palhaços do Pronto Sorriso na Unidade de Internação Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás durante três meses de acompanhamento. O método utilizado foi o estudo clínico observacional. Foi realizada observação das crianças internadas, dos cuidadores e da equipe multiprofissional antes e após a atuação dos palhaços do Pronto Sorriso. Foram coletados alguns depoimentos espontâneos para confrontar com os momentos observacionais. No que concerne à atuação multiprofissional, a maioria dos profissionais apoiam a atuação dos palhaços do Pronto Sorriso. Foi possível observar que é estabelecida uma relação entre os palhaços e toda a equipe de profissionais que atuam na clínica. As crianças e seus acompanhantes também são beneficiados melhorando sua autoestima, apatia, prostração, depressão, decorrentes de internação prolongada. Conclui-se que os palhaços do Pronto Sorriso atuam como agentes facilitadores, contribuindo para o bem estar de todos os envolvidos no tratamento, atentando para o fato de que brincadeiras constituem recursos que podem ser utilizados no contexto hospitalar, modificando e ressignificando o ato de cuidar.

Palavras-chave


DOUTORES PALHAÇOS, HUMANIZAÇÃO, INTERDISCIPLINARIDADE, LÚDICO

Referências


1.Adams, P.M.D. O amor é contagioso; tradução Fabiana Colasanti. Rio de Janeiro, 1999.

 

2.Doutores do riso. Nosso trabalho [site na internet]. [Acessado 2011 dez. 14]. Disponível em: http://www.doutoresdoriso.com.br/home/nossos-trabalho.asp.

3. Lima, F.M.L.S. Pronto-Sorriso: a alegria de plantão nos hospitais; plano de curso. Goiânia: UFG, 2008.

4. Masseti M. Soluções de palhaços: transformações na realidade hospitalar. São Paulo (SP): Palas Athena; 1998.

 

5.Motta A. B.;Enumo, S.R.F. Brincar no hospital: estratégia de enfrentamento da hospitalização infantil. Psicol Estud 2004 jan/abr; vol.I.

6. Prado MMR. Descobrindo o lúdico: a vivência lúdica infantil na sociedade moderna. Ver. Terap. Ocup USP 1991; 2(4): 159-66.