Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DA UFSC EM RELAÇÃO AO PRÓ-SAÚDE II
Aline Bússolo Corrêa, Kenya Schmidt Reibnitz, Daiana Kloh, Maria Francisca dos Santos Daussy

Resumo


Introdução: No ano de 2007 a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi contemplada com o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde). Este projeto foi denominado Pró-Saúde II - Centro de Referência em formação para o SUS e contemplou os cursos de nutrição, psicologia, farmácia, serviço social e educação física. O Pró-Saúde II da UFSC foi desenvolvido entre os anos de 2009 a 2012 com o objetivo de reorientar o processo de formação dos cursos de saúde da UFSC para o desenvolvimento de ações de promoção e proteção da saúde, em nível individual, comunitário e populacional. Objetivo: apresentar a percepção dos estudantes em relação ao Pró-Saúde II da UFSC. Metodologia: Pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Realizadas 25 entrevistas, entre os meses de abril a junho de 2012, com cinco alunos de cada curso, sendo três do segundo ano do curso e dois do último ano. A análise dos dados ocorreu pelo método de análise de conteúdo sugerido por Minayo. Resultados: Dentre o total de 25 alunos entrevistados, a maioria não conhece o Pró-Saúde II e nem sabe identificar as ações que este programa desenvolve, embora reconheça que esta ocorrendo mudanças curriculares. Discussão: Os alunos entrevistados conhecem/percebem as mudanças no seu curso, mas não identificam que essas ações ocorreram por meio do programa. Os dados apresentados nos fazem analisar que as ações propostas pelo programa foram desenvolvidas, contudo não foram identificadas como produto do projeto. Isso fica claro quando identificasse na fala dos alunos que os cursos estavam em processo de reorganização dos seus currículos, fortalecendo a inserção no SUS, reorientando a formação em busca de uma escola integrada ao serviço público de saúde e que dê respostas às necessidades concretas da população. Considerações: Concluiu-se que, o Pró-Saúde II enquanto projeto não era familiar aos alunos, contudo isso não significa que o programa não apresentou mudanças efetivas na formação destes futuros profissionais. Como recomendação destaca-se a necessidade de fortalecer a divulgação e estimular um maior envolvimento dos estudantes nas ações desenvolvidas, para que as reorientações realizadas tornam-se algo concreto e que o mesmo perceba a real finalidade da sua formação voltada a princípios e diretrizes do SUS e que a um incentivo governamental, principalmente financeiro para tal.

Palavras-chave


Políticas Públicas; Sistema Único de Saúde; Formação de Recursos Humanos; Educação em Saúde

Referências


1 Ministério da Educação (Brasil), Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde – Pró-Saúde: objetivos, implementação e desenvolvimento potencial. 2007. Série C.86p

2 Ministério da Educação (Brasil), Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde: SGETS: políticas e ações. 2011. Série B, 32 p.

3 Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec, 2010. 12 ed