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AÇÕES DE ATENÇÃO INTEGRAL AO ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
Resumo
O Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente (NESA) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, fundado em 1974, é responsável pela Atenção Integral à saúde do Adolescente no SUS, sendo referência nacional para a formação e capacitação de recursos humanos, realização de pesquisas científicas e assistência à saúde. Forma especialista no atendimento ao adolescente, apontando caminhos para as complexas questões que se apresentam. Cotidianamente, nos deparamos com inúmeras situações de violência e violação de direitos perpetrados contra esses jovens. O NESA tem um papel diferenciado na rede de assistência e proteção ao adolescente e essa trajetória nos implica e nos autoriza a criar modelos de atenção que sirvam de referência para os demais serviços e profissionais que atendam este público. O setor saúde ocupa um lugar estratégico na identificação precoce das diversas formas de violência às quais o adolescente esteja submetido, entretanto, o desconhecimento do fluxo da rede de proteção, o medo de se envolver em situações de risco, a sensação de solidão e impotência frente ao contexto de violência, são indicadores das dificuldades apresentadas pelos serviços no acompanhamento e notificação dos casos. Por isto, elaboramos e sistematizamos um Programa Assistencial para subsidiar e qualificar a atuação dos profissionais, residentes e treinandos no direcionamento e acompanhamento das situações de violência. Formulamos um manual direcionado a equipe do NESA cuja proposta foi orientar as atitudes e posturas a serem assumidas pelos profissionais no atendimento às situações de violência. Esclarecemos desde a identificação e acolhimento do caso pela equipe multidisciplinar, o passo a passo do atendimento, acompanhamento, acionamento da rede de proteção e o processo de notificação em seus aspectos éticos e legais. Acreditamos que este documento é uma proposta dinâmica, que subsidiará o NESA nas ações de intervenção frente às situações de violência enfrentadas por adolescentes, pois estabelecer parâmetros e rotinas institucionais claras e acessíveis minimiza a sensação de exposição pessoal e as fragilidades perante as complexas situações de violência envolvendo adolescentes. com essa sensibilização conseguimos com que os profissionais refletissem que é nossa obrigação mobilizar os esforços e recursos previstos em Lei e em protocolos de atendimento para o melhor cuidado desses adolescentes. Resume-se como um Manual de Boas Práticas em Saúde!.
Palavras-chave
Adolesecente; Violência; Cuidado
Referências
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